As alergias são complicações cutâneas, respiratórias e alimentares muito comuns em nossa sociedade. Somente as alergias respiratórias são detectadas em 35% da população mundial. Entretanto, elas podem agir de formas bastante diferentes em cada organismo. Os sintomas podem ir desde coceiras e urticárias até falta de ar e choque anafilático. Existem muitos medicamentos que tratam os sintomas alérgicos. Porém, a imunoterapia é um tipo de tratamento que não só ameniza os quadros como deixa o sistema imunológico do paciente mais resistente aos alergênicos. Saiba mais sobre essa alternativa de tratamento!
A história da imunoterapia
Surgida na Inglaterra, em 1911, a Imunoterapia Alérgico Específico é um tratamento para doenças alérgicas que consiste em inibir as ações alergênicas via doses estratégicas do componente nocivo. Isso leva a um mecanismo de defesa contra as substâncias aumentando a imunidade do paciente. Desse modo, ele apresenta menos sensibilidade às substâncias.
A solução foi descoberta pelos pesquisadores Leonard Noon e Jonh Freeman enquanto estudavam vacinas contra febre de ferro, uma doença causada pela toxina liberada pelo pólen, comum na Europa. O método de tratamento se tornou viável através da descoberta da imunoglobulina.
Assim, as vacinas subcutâneas começaram a ser aplicadas utilizando ITA (Alergen Immunoterapy). Com os anos, surgiram as “vacinas” sublinguais com aplicações via oral. Porém, ao contrário do padrão, a sua eficácia não é tão alta porque a subcutânea age de forma mais rápida no organismo.
Como funciona o tratamento de imunoterapia?
A imunoterapia não possui uma resposta imediata. Porém, sua eficácia é bastante satisfatória quando comparada aos outros tratamentos. A medicina classifica que o tratamento de uma alergia pode contar com quatro pilares:
- Prevenir o contato com agentes desencadeantes;
- Tratamento medicamentoso;
- Informação ao paciente;
- Imunoterapia.
Muitas vezes, as pessoas não recorrem a essa última alternativa, afetando a sua qualidade de vida gradativamente. A imunoterapia é um tratamento longo, podendo durar entre 3 e 5 anos. Esse é o prazo ideal para que o corpo crie os anticorpos necessários contra o alergênico.
Porém, apesar da espera, o tratamento é altamente eficaz: 80% dos pacientes apresentam cura e 20% reduzem consideravelmente o uso de medicamentos. A imunoterapia é indicada para urticárias, coceiras, rinite, bronquite, asma, sinusite e até mesmo conjuntivite. Para que o organismo crie defesas contra as substâncias alérgicas, a vacina deve ser ministrada em pequenas doses todas as semanas.
A aplicação deve ir aumentando até chegar à dosagem máxima (ou dose de manutenção). A partir desse momento, as doses serão aplicadas a cada 4 semanas, ou seja, uma vez ao mês até o término do tratamento. Aos poucos, a inflamação das vias aéreas ou cutâneas vai ficando menos agressiva. A imunoterapia é recomendada a partir dos 5 anos de idade.
Mas, atenção: as vacinas, sejam subcutâneas ou orais, devem ser feitas no consultório médico. Afinal, existe a chance de o corpo apresentar reações sistêmicas que precisem de um auxílio clínico.
Identifique a doença!
No Brasil, as alergias mais comuns são as respiratórias, ocasionadas por ácaros. São as fezes deste animal microscópico que desencadeiam alergias, agravando casos de rinite, asma e bronquite. O diagnóstico acontece a partir de uma consulta na qual o histórico alérgico do paciente é investigado.
Depois, alguns exames podem ser realizados para identificar os tipos de alergias – caso ainda haja dúvidas. A partir disso, o médico poderá prescrever a rotina de injeções ou gotas orais, especificando a dosagem certa para o seu tipo de alergia.
Esse é um assunto que ainda traz muitas dúvidas. Por isso, o recomendado é procurar uma clínica especializada.
